Casamentos
De Caetanópolis para o Mundo
Bia e Fagner
Esse é meu primo, não vai fazer ele sofrer não, ele é um príncipe!
Tudo começou com o Fagner, que é primo de uma amiga minha, a Mara.
Eu o conheço desde criança, pois minha amiga é prima dele e temos amizade desde o pré-escolar. Fagner mora em uma rua próxima da exposição de Paraopeba, e a gente sempre vai para a exposição e passando na casa dele. Então, já o conhecia e tinha um certo contato com ele.
Em 2016, eu já estava há um ano solteiro, e ele estava solteiro há uns três ou quatro meses. Foi aí que ele pegou meu número em um grupo que eu não lembro qual e me chamou para conversar, sair, ir ao cinema e tomar uma cerveja.
Na hora, eu pensei: "Ah, não vai dar muito certo, porque a gente não tem nada a ver um com o outro."
Passando um tempo, em setembro de 2016, havia duas festas de roça que eu estava planejando: uma em São Bento (Caetanópolis) e outra no Retiro (Paraopeba).
Fui para a festa em Paraopeba com minha amiga Andriele e, no caminho, encontrei o Fagner, que havia ido me procurar, pois eu tinha ali que não iria. Fomos curtir uma festa juntos. Ele bebeu bastante, e eu fiquei preocupado, porque ele estava bem tonto. Quando começou a chover, corremos para nos proteger, e ele ficou tentando me beijar. Eu pensei: "Não, não vou beijar esse menino, ele está muito tonto!"
Depois disso, ele me levou para casa e, quando chegamos, ele pediu um beijo novamente. Eu disse que não, mas ele me roubou um beijo. Fiquei encantada com o beijo dele. Depois disso, continuamos nos falando até que mostrei a foto dele e a conversa para a Mara, e ela me disse:
— Esse é meu primo, não vai fazer ele sofrer não, ele é um príncipe!
Eu falei:
— Calma, Mara, só estou conversando com ele.
Continuamos trocando mensagens até que chegou o dia 07 de outubro, quando comemoramos o aniversário da prima dele e da sua irmã. Ainda não oficializamos nada. Minha mãe não tinha celular na época, então fui na casa da minha tia para falar com ela. Perguntei a ele se queria descer, porque eu preciso falar com minha mãe.
Quando entrei no carro, pediu ao Fagner como eu o apresentaria: como ficante ou amigo. Ele respondeu:
— Você que sabe.
Então, pensei em namorar e resolvi apresentá-lo como meu namorado, porque ele não me deu opção nenhuma. Chegando na casa da minha tia, falei:
— Boa noite, esse é o Fagner, meu namorado.
Ele ficou assustado porque, naquele momento, não queria namorar ainda, já que estava solteiro há alguns meses e não tinha curtido a vida de solteira. Quando saímos de lá, eu falei:
— Fagner, se você não quiser namorar comigo, não tem problema, podemos continuar ficando, mas te apresentei assim porque você não me deu escolha.
Ele disse que não tinha problema.
Alguns minutos depois, ele me chamou para ir à casa dos pais dele para avisar a mãe e o pai. Mas, como ele não tinha o hábito de fazer isso, me apresentou aos familiares como namorada, e fiquei muito bem acolhida. Depois, seguimos nosso caminho.
Compramos passagens para ir à praia em novembro de 2022, para Aracaju, Sergipe. As sobrinhas dele, Camila e Ana Clara, ajudaram-no a planejar o pedido de noivado e fornecer uma caixa de MDF com a frase "Quer casar comigo?" escrita nela, além de um anel de noivado lindo que, infelizmente, eu perdi a pedrinha.
Chegamos à praia, eu estava toda empolgada com o resort, e ele, mais calmo que eu, me chamou para tomar banho e aproveitar a praia. Fui tomar banho, e ele ficou lá no quarto. Quando entrei, estava tudo desligado e, na parede, estava escrito "Quer casar comigo?", com o anel na caixa vermelha ao lado.
Fiquei super empolgada, gritei e fui até a porta do banheiro. Voltei ao quarto novamente, até que finalmente o Fagner me pediu em noivado. Foi um momento muito emocionante, chorei de alegria.
Foi um caminho cheio de risos e descobertas, e, em nossa viagem à praia, o pedido de casamento foi o grande marco, com uma emoção única.
Quando chegamos em casa, anunciamos o noivo para as famílias e planejamos nossa vida juntos. Aí, sempre brincávamos dizendo que, quando completamos 10 anos de namoro, seria o momento perfeito para nos casarmos.
E agora, estamos na reta final para completar nossos 10 anos juntos!
por: Bia
Crônica por Érica Valú